Ex-alunos do QOA falam da importância da lei e defendem a sua reativação
- Jornalista Sandra Domit
- 13 de abr. de 2016
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Na semana de Mobilização pelo QOA, promovida pela ABERSSESC, a Assessoria de Imprensa conversou com dois ex-alunos, o Tenente Celestino Pagani e o 1º Tenente Carlos Belarmino Moreira. Os dois também integraram a diretoria da ABERSSESC na década de 80 e participaram ativamente da luta pelo QOA, assim, como a grande maioria dos membros das diretorias que se seguiram nos demais anos.
Confira as entrevistas
Tenente Celestino Pagani - Em entrevista para a Assessoria de Imprensa da ABERSSESC, Pagani destacou que os primeiros cursos do QOA ocorreram de 1969 a 1971. “Depois não teve mais. Então a luta dos Subtententes, através da ABERSSESC, sempre foi no sentido de que os cursos fossem retomados”. Pagani foi membro da diretoria da ABERSSESC em 1982, ainda Clube dos Subtenentes e Sargentos. “Nós continuamos a batalha, continuamos, porque as diretorias anteriores do Clube vinham lutando pela retomada dos cursos desde a época em que parou, em 1971”.
Recordou que, na medida do possível, procuravam os comandantes e outras autoridades para pedir pelo QOA. “Naquela época não havia essa liberdade política que tem hoje, era tudo mais limitado, as regras eram outras. O anteprojeto inicial fui eu que ajudei a elaborar. Foi entregue ao Comando e eles fizeram as alterações que quiseram e nós acatamos. Em 1993, os deputados aprovaram e a lei (LC Nº 82) foi promulgada”.
Pagani também ressalta que o curso em si saiu por intermédio do coronel Pacheco, na época Secretário da Segurança Pública. “Só teve uma turma com 40 alunos, depois não houve mais interesse do Comando da Corporação e as vagas ficaram em aberto”.
Carlos Belarmino Moreira, 1º Tenente, participou da diretoria da ABERSSESC e do curso do QOA. “O QOA é um estímulo para quem chegou a Subtenente e ainda tem desejo de permanecer na Corporação. Seria uma retribuição pelo tempo que fica a mais, após cumprido o período obrigatório”.
Ele recorda que o QOA aconteceu de 18.10.1993 a 19.08.94. “Durante o curso alguns incomodados se insurgiram contra o QOA pelo fato de se admitirem candidatos sem curso superior. A metade tinha curso superior e 50% não. Nós corremos embaixo das asas do Coronel Pacheco e foi lá que buscamos o respaldo para o QOA acontecer. Chegaram a entrar com uma petição no Ministério Público Federal que se julgou incompetente e enviou ao Ministério Público do Estado de Santa Catarina para que verificasse na legislação a pertinência e foi aí que o QOA aconteceu”.